VKIBC | NEW YORK
Após este convite começamos a nos preparar para este
novo evento. Evento de importância tão imensa, que participar de um festival
onde iríamos concorrer com coreografias e bailarinos selecionados pelos quatro
cantos do mundo é no mínimo emocionante.
Dias de trabalho, organização e programação... Muita
coisa aconteceu até a viagem, coisas boas e coisas tristes. Vale salientar a
perda de uma pessoa muito especial, uma pessoa que convivia entre nós que e
tinha um carinho sem igual para com todos que frequentavam a escola de dança,
uma pessoa que torcia, rezava e aplaudia cada apresentação, estando presente ou
não... Então passamos a encarar esta viagem com outros olhos, de outra forma,
com outra intenção. Levando com muito carinho o nome Gisele Bellot Escola de
Dança no peito e uma das fundadoras no pensamento.
Assim desembarcamos em New York no dia 24 de maio, com
a sensação totalmente misturada e confusa, mas sem perder o foco da viagem.
Entre aulas, ensaios e apresentações, fizemos o nosso melhor representando com muita
garra o nosso país, nossa cidade, nossa escola, nosso trabalho. Em termos
coreográficos, técnico e artístico, nosso recado foi dado, mostrando que a
dança em si pode ser muito mais do que muitos giros, saltos e pernas altas, pode
ser ARTE!
Em minha humilde opinião, de quem vive a dança 100% de
seu dia, de quem sempre tem mais o que aprender, de quem conhece cada
procedimento e procura estar sempre atualizado, nosso elenco dançou com
excelência, maturidade e profissionalismo, foi uma das melhores apresentações
que já fizemos das coreografias em questão.
O físico, o virtuosismo, a disciplina que a dança
exige, são atributos indispensáveis para jovens que almejam contratos, bolsas
de estudo e cursos de férias em importantes companhias e escolas de renome
internacional.
Sendo assim, era praticamente impossível competir com
os asiáticos. Na primeira rodada de apresentações, de oitenta números de
coreografias de repertório, apenas vinte passaram para a segunda fase e ainda
teria a terceira e quarta até chegar à grande gala. Desses vinte números, quinze
competidores eram asiáticos... Então na noite de gala, diretores artísticos de
várias escolas e companhias de ballet como o New York Cit Ballet, o America
Ballet Theatle, o Ballet Nacional de Cuba, o Ballet de L’ópera de Paris, o
Miame Ballet School, Boston Ballet entre outras, não menos importantes e também
internacionalmente conhecidas ali estavam, oferecendo contratos, bolsas de
estudos e cursos de férias. E assim foi, chegou ao final este evento que pode
se dizer que é uma porta de oportunidades para jovens bailarinos que buscam trabalhos
internacionais.
Estamos de volta revigorados, entusiasmados e
motivados para continuar com o nosso trabalho do jeito que está, sem tirar nem
por, sem mexer em nada, sem precisar modificar um parágrafo de nosso plano de
curso, pois lá fora, onde dizem ser muito melhor do que aqui em nossa pátria,
realmente é; porém, no seguimento de organização, reconhecimento e investimento
à cultura. Agora, em questão de conteúdo
de ensino, método de trabalho e aulas, nossa escola não deixa nada a desejar...
Vamos à procura de novos desafios, sempre dando
oportunidade aquele que busca o desenvolvimento técnico e artístico.
JC
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